11 de abr. de 2013

Crysis 3


    Você nunca viu um jogo com gráficos como os de "Crysis 3". Os efeitos de luz, a vegetação, a água escorrendo na tela após um mergulho, cada detalhe do cenário é de encher os olhos. Mesmo nos consoles, que rodam algo próximo da configuração 'média' do PC, o game dá um show de efeitos visuais - uma façanha e tanto nesse final de geração.

    Poucos vão rodar "Crysis 3" em sua configuração "ultra high" no PC, a mais alta possível, mas se você tem uma boa máquina em casa, vai impressionar os amigos com o poderio gráfico desse jogo. É um game que, ao lado de "Far Cry 3", por exemplo, já dá aquele gostinho de 'próxima geração' ao jogador.

    A sensação ao jogar este game é a mesma de quando o primeiro "Crysis" foi lançado em 2007. Após o bonito mas não tão impressionante "Crysis 2", a Crytek conseguiu levar a franquia de volta ao pódio dos 'melhores gráficos' em um jogo eletrônico.
  • Liberdade de ação
  • Só beleza não põe mesa, já dizia o ditado. "Crysis 3" não é uma demonstração técnica, mas sim um ótimo jogo de tiro em um mundo 'semi-aberto'. Você não vaga por uma ilha totalmente livre como no "Crysis" original - ou no recente "Far Cry 3". Aqui, o jogador avança para áreas fechadas, mas bem grandes, dentro das quais tem liberdade para lidar com os inimigos da forma que preferir.

    Com os poderes da Nanosuit, o traje super-tecnológico que é marca registrada da série, "Crysis 3" se adapta ao seu estilo de jogo: você pode aprimorar as características de resistência (que deixa o herói à prova de balas), furtividade (fique invisível como o Predador), força e velocidade da armadura com os pontos de 'upgrade' que encontra explorando o cenário. É possível criar várias combinações de características e trocar entre elas em um menu bem fácil de usar - o que estimula a experimentação.

    No arsenal de Prophet, a grande novidade é o Predator Bow: um arco digno do Gavião Arqueiro dos Vingadores. Com várias flechas diferentes, o arco é a única arma que não desativa a invisibilidade da Nanosuit quando disparada. Você pode atirar flechas explosivas, eletrocutar inimigos ou simplesmente acabar com eles com ataques certeiros e silenciosos.

    A comparação com "Far Cry 3" é válida, mas o arco de "Crysis 3" sai ganhando: é uma arma fácil de usar, precisa e que, junto com a Nanosuit, transmite a sensação de que você está no controle de um super-assassino futurista e o resto do jogo é seu campo de caça.
  • Bom roteiro e atuação
  • O espetáculo visual de "Crysis 3" se justifica no desenrolar da aventura. A atuação dos personagens com quem Prophet se envolve, especialmente seu parceiro Psycho, é muito bem reproduzida na tela, com expressões de sarcasmo, raiva, alegria e tudo que se espera de seres humanos lidando com uma situação de crise absurda - e também com seus conflitos pessoais, que não são de forma alguma menores em importância para cada um deles.

    O ator David Kennedy dá vida ao personagem Michael "Psycho" Sykes, um ex-agente da Cell que teve sua Nanosuit arrancada pela corporação. Em busca de vingança, Sykes liberta Prophet e lidera um grupo paramilitar na invasão ao Liberty Dome. Outros personagens, como Claire, crescem em importância ao longo da trama, rendendo ótimos momentos.

    O game não possui dublagem em português - e seria difícil se equiparar ao ótimo trabalho de voz apresentado pelos atores originais - mas é uma pena que também descarte a opção de legendas em nosso idioma.

    A trama de "Crysis 3" é curta e bem apresentada, concluindo a saga iniciada lá em 2007. Para quem chegou agora, o jogo traz um resumo da história, mas o ideal é jogar ao menos o título anterior, "Crysis 2", antes de embarcar nessa aventura.
  • Multiplayer competitivo
  • Para compensar a campanha curtinha, "Crysis 3" oferece um modo multiplayer bastante completo, com várias modalidades de jogo, bons mapas e um sistema de evolução e personalização que segue de perto a fórmula estabelecida por "Call of Duty" - mas com as devidas diferenças provocadas pela Nanosuit.

    Os modos de jogo vão desde os tradicionais mata-mata em equipe e variações de rouba-bandeira e captura de objetivos até o tenso "Hunted", em que um jogador está o tempo todo invisível graças à Nanosuit e os demais controlam agentes da Cell em sua cola. O papel de caça e caçador se alterna conforme os soldados abatidos mudam de time, deixando as coisas bastante empolgantes perto do final da partida.

    Outras modalidades, como "Crash Site" - onde dois times lutam para dominar pontos estratégicos que surgem no mapa - rendem partidas frenéticas, principalmente pelo desenho dos mapas: são arenas pequenas, com vários andares, túneis secretos e pontos para emboscadas.

    Você evolui seu personagem mais ou menos no mesmo ritmo de "Black Ops II", ganhando um nível a cada 3 ou 4 partidas. Conforme progride, libera novas armas e aprimoramentos, diferentes daqueles da campanha solo. Pouco a pouco, o sistema de evolução permite moldar o personagem ao estilo do jogador.

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